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TEMPO ...

Tempo...

 

Tempo, tempo, tempo...

Diria a Te, ó Tempo: Vale agora os cuidados  e a paciência;

Triste dizer-te , ó tempo: Aos pés dos mortos não vou ignorar os lamentos.

Há aqueles em que as dores roem corações num remorso lento

 

Quando passares por mim, ó Tempo ingrato

Em meu leito, me deleito nas tristezas e dores

Exausta me encontro em pedir tantas resoluções

Acaso tens um refúgio senão um triste deserto em mentes e corações?

 

Aos céus me entrego numa busca incessante

De  um  tempo , no qual sinto-me em abandono

Numa prisão pandêmica, estressante

 

A pandemia, caminho triste e sem guia...

As noites são longas, e nos foge o sono.

Mas o meu sagrado descanso está em minha poesia.

 

NeivaDirceuSM

28/12/2020