Vivenciamos a carência dos indivíduos doentes que nos cercam
Onde essa doença se transforma numa incapacidade de fluidez
Já que quando algo se flui,
A sintonia lhe acompanha
E atualmente, isto tem se resultado na ausência desenfreada desses valores.
E quando isso está em sintonia
Pode se encaminhar a uma movimentação convicta ao universo
Destinando ações essenciais que precisamos,
Restituindo o que anteriormente foi perdido.
Se tratando do estatuto da reciprocidade
No qual o ser pode posicionar-se como uma engrenagem
Acoplada ao todo,
Exercitando a sua verdade dentro de si.
Mas esta moléstia, por sua vez, é a ruptura desse estado natural
E portanto, vivemos hoje tempos de indisposição
Sendo esta cegueira massiva
Um mal de identificação deste adoecimento.
De modo categórico,
A execução desta enfermidade é ousada
Atrofiando a capacidade da percepção.
Criada para um contexto de subordinação,
Onde estamos inseridos.
Condicionada aos instintos coletivos,
Tornando-se em fragmentos perdidos
Numa busca material incessante
Em prol do preenchimento do vazio.
Por isso, é uma questão de hombridade continuar sereno
Nesta localidade sem espiritualidade.
Mantendo a intuição alerta e vigilante,
A fim de não ceder aos resquícios da fraqueza
Para originar como desfecho uma indolência dolorosa.
O qual é um malefício desta dormência,
Que conduz inevitavelmente a este mal-estar.
E se manter desperto, é a maneira a qual devemos salientar
E evoluir por consequência disto,
O nosso empenho interior.
Pois o leque situacional apresenta um trajeto estreito e íngreme
Sendo poucos que priorizam a continuidade dessa vibração,
Sem perder a própria condição humana de intuir.
Negando os formatos mesquinhos da sonolência,
Numa sociedade que carece dos preceitos existenciais
Para cessar esta superficialidade que nos tolda.
E quem supera esses obstáculos imateriais,
É considerado um destemido dentre os negligentes.