Olhar arguto.
O silêncio
Diz tudo.
Nem uma palavra
A estátua
De bronze pronuncia.
Mas sua face pétrea
Expressa todas
As palavras que ouvira
Ecoar entre
As fissuras do tempo.
Olhar arguto.
Passos que não
Se movem
Na saliência do tempo
Que se movimenta
Mesmo estando parado.
A estátua, face pétrea,
Apenas move
O olhar de bronze!
Fita-me constristada.
Ao seu olhar
Me detenho.
Ela perscruta-me a alma.
Reclama de eu bisbilhotá-la
Em seu silêncio
De bronze que perpassa
O tempo
E os elementos!
Contemporizo: entendo
Sua mensagem muda!