Que magia há no olhar dessa cigana que me desnuda a alma?
Decifrado o que seria indecifrável
Meus arcanos compartilhados
Nada se esconde, sinto-me nu
Apontamentos sem veredicto, olho, também percebo...
O que há em mim guardado, despojos de um passado esquecido?
Presentes de aniversários diários?
Paisagens da estrada que sigo!
Sigo errando, certamente.
Piso na lama, cheiro de lodo, mofo angustiante...
Mostra-me algumas flores e vagalumes;
Estrelas no céu e no mar, luz de dentro e de fora...
Maldade e bondade, feiúra e beleza, misturas, humanidade...
Esculturas de um aprendiz a treinar novas formas, na perfeição das oportunidades sem fim.
Que magia há no olhar dessa cigana que me desnuda a alma?