O que sou, o que sou?
Breve e sedenta.
Dos grisalhos a saudade.
Dos jovens a vontade.
Do adulto o esquecimento.
Moro na eternidade.
Você pode me chamar de amor,
Pode me chamar de coragem,
Você pode me conhecer por esperança,
Ou até mesmo por ousadia.
Você pode me sentir como o medo.
Pode me provar como a paixão.
Pode me respirar como um cheiro de mãe.
E pode me ter em si como um sonho profundo.
Mas não se engane.
eu sou a vida.
Aquela mesma que você sempre deixa para o amanhã inexistente.
Promessas jogadas ao vento...
Pior ainda promessas feitas a vocês mesmos,
Apenas os vejo passando por mim,
E eu aqui, esperando ser notado por vocês.
Mas já é costume no leito me descrever,
E dizer: queria eu ao seu lado viver.
Mas derramo uma lágrima por voce...
pobre alma,
Nem sabe que meu sopro refresca a face do caído.