JUCKLIN CELESTINO FILHO

PIRĂ‚MIDES

À tardinha, debruçado

No portal do Cairo,

  Fito o sol,

Disco dourado, encimado

Por nuvens do arrebol!...

Neste instante ,

O Astro-Rei ,

Já  se esconde ,

Quando a tarde se espande

No zênite,

Sumindo por detrás dos montes...!

Nesta hora de encanto,

Diviso  as criações mais

Que perfeitas,

Pelo gênio humano concebidas,

Sombreadas  defrontes,

Cuja  imponente

Necrópole de Gizé sobressai

Majestosa --  arquitetura

Primorosa e moderna 

Para a prisca era, do antigo Egito ;

Mais à frente,

Minha vista extasiada 

Depara o colosso --

A maior pirâmide 

 Egípcia -- Quéops,\"estrutura

De quase 140 metros\"...!

Poeta solitário,

Sonhando os relicários

Da glória,

Na tarde morna do Cairo,

Testemunho deslumbrado,

Encantado tanto,

Espírito em bulício,

Alma em  agito,

 Fé 

Redobrada na ciencia ,

Na sapiência 

E na engenhosidade

Do homem,\"ser a única 

Das sete maravilhas 

Do mundo antigo,

Que ainda continua em pé\"!....

Dos esplendores -- sigo

As trilhas --

E a pirâmide colossal 

Confraterniza consigo,

Rindo-se da perfeição 

De sua arquitetura milenar,

Que até o tempo,

Prostra-se de zoelho, 

Ante tanta majestade,

À qual, não conseguiu sobrepujar!

Vislumbro na minha retina

Pasma de deslumbre,

As mais fantásticas

Contruções milenares,

Obras de tamanha envergadura,

Tamanha grandiosidade,

No concerto universal 

Da história

Da humanidade,

Legado dos antepassados 

  À   posteridade ,

Cujas pilastras seculares,

Não ruiram ante a ação do tempo.

Diferente dos monumentos 

De hoje, que sossobram 

À  ação dos ventos!